Extended Network Banners troca de banners link e divulgação de sites site gratis Bolsa de Valores Bovespa Ibovespa Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

domingo, 29 de julho de 2007

Quinta das Lágrimas

Olá amigos,

O Joaquim anda desesperado em encontrar a mulher da sua vida. Por mais que procure, não encontra a dona do lenço bordado com a letra M.

Para encontrar inspiração, foi passar uns dias a Coimbra, mais propriamente à Quinta das Lágrimas, local de encontro de D. Pedro e Inês de Castro junto à Fonte dos Amores.

Joaquim pode não ter encontrado a mulher da sua vida, mas ganhou forças para continuar a procurá-la, nem que para isso tenha de percorrer todos os cantos e recantos do mundo...


















Nova visita ao hospital

- Desculpe, disse o Senhor. Ía completamente na lua.

Joaquim estava pasmado com o que estava a acontecer.

- Espera lá. Acho que já vi este filme. Faltou o gás, a água também. Agora choco com um senhor em frente ao café do Zé das Bifanas. Isto não pode estar a acontecer.

Joaquim teve de perguntar ao senhor ainda abananado com pelo choque.

- Por acaso o senhor chama-se Fernando?

- Por acaso até me chamo Fernando. Como adivinhou? Julgo que não o conheço...

- Não interessa, responde Joaquim. O que interessa é que o senhor se chama Fernando e eu não posso perder mais tempo.

Meu amigo, meu salvador. Por acaso é capaz de me informar onde posso encontrar a Margarida para ir terminar o beijo que não foi possível concretizar no meu sonho?

- O quê? Pergunta Fernando irritado.

- Vá lá amigo, vamos a despachar que eu ainda tenho de ir falar com a besta do marido da Margarida e dizer-lhe que ela o vai abandonar para ir viver comigo...

- Só pode estar a brincar comigo, diz Fernando a espumar da boca...

- Brincar porquê? Pergunta Joaquim. Não estou a perceber.

- Se não está a perceber eu já lhe explico depois de partir este chapéu na sua cabeça.

- Hã? Agora quem não entende sou eu, diz Joaquim preocupado.

- Não se faça desentendido. Vou-lhe partir a cara por se estar a meter com a minha querida esposa, a Margarida, que deve estar em casa a tratar dos nossos 4 queridos filhos.

Desta vez a estadia no hospital até nem foi tão má uma vez que já conhecia as enfermeiras...

terça-feira, 5 de junho de 2007

O choque...

Joaquim saltou da cama, correu para o chuveiro e notou que a água continuava fria. Voltou ao esquentador para ver se estava desligado.

- Não. Não me esqueci de ligar o esquentador... Não me digam que cortaram o gás por falta de pagamento...

Joaquim voltou à casa de banho decidido, mesmo com a água fria, a tomar banho. Depois de ensaboado, eis que acontece outra tragédia ao pobre Joaquim, faltou a água.

- Porra!! Isto hoje está a correr bem... Quero lá saber, vou limpar-me com a toalha.

Por estranho que pareça, o pequeno-almoço correu bem sem que a electricidade tivesse falhado. Joaquim vestiu-se, pegou na sua pasta e chapéu de chuva e fez-se à estrada.

Envolto nos seus pensamentos, Joaquim ia completamente distraido e nem se apercebeu que, ao passar junto ao café do Zé das Bifanas, um senhor, tão ou mais distraido que ele, vinha na sua direcção.

Com tanta distração junta, o choque foi inevitável...

domingo, 27 de maio de 2007

quinta-feira, 24 de maio de 2007

sábado, 19 de maio de 2007

Será?

Até que, quando Joaquim ía beijar pela primeira vez a mulher dos seus sonhos, acordou...

- O que é isto? O que se passa? O que estou a fazer a beijar a almofada todo babado? Onde está a Margarida?

Joaquim estava desesperado sem saber muito bem o que tinha acontecido.

- Espera lá - pensou alto - Não me digam que tudo isto que aconteceu, afinal não aconteceu? Será que sonhei que encontrei a mulher dos meus sonhos? Será tudo mentira? Acho que é desta que me atiro da janela. Porra...

Joaquim chorava de raiva e desespero...

- Está confirmado... Agora lembro-me que no sonho olhei para o relógio e vi que estava atrasado. No entanto, eu não podia ter olhado para o relógio porque o tinha atirado contra a parede no dia anterior...

O desespero de Joaquim era cada vez mais desesperante.

- Por falar em relógio, que horas serão? Pensou Joaquim olhando para o pulso. 10 e meia? Já estou atrasado... Tenho de me despachar...

quinta-feira, 17 de maio de 2007

quarta-feira, 16 de maio de 2007

terça-feira, 15 de maio de 2007

segunda-feira, 14 de maio de 2007

O primeiro beijo

Depois de se despedir daquela besta que não passava de um pacote de manteiga derretida pelo sol, Joaquim dirigiu-se de novo à casa de Margarida. Ao tocar a campainha, Margarida surge com os olhos cheios de lágrimas, antes de tristeza, mas agora de alegria.

- Joaquim, meu amor... Ainda bem que voltaste...

- Voltei e trago boas notícias, diz Joaquim. Falei com o teu marido e ele concordou em aceitar o divórcio. Já não temos entraves para sermos felizes.

- Que bom Joaquim, responde Margarida cada vez chorando mais de alegria, abraçando-o com todas as forças que tinha.

- Tu estás muito nervosa, Margarida. Vamos dar uma volta pelo jardim para acalmares...

- Está bem, responde Margarida pegando-o pela mão.

Quando iam pelo jardim de mãos dadas feito dois adolescentes, Joaquim puxou Margarida pelo braço e ficou de frente para ela.

Sabiam que estava perto o primeiro beijo. Estavam frente a frente tendo como cenário um pôr-do-sol magnifico sobre um belo conjunto de flores do Jardim de Margarida. Tudo parecia um sonho...

Os narizes iam cada vez se aproximando mais, e mais... e mais... até que...

domingo, 13 de maio de 2007

sábado, 12 de maio de 2007

A hora da verdade

Joaquim não sabia como tinha esta frase lhe saido de uma só vez. As suas pernas pareciam borracha tal era a velocidade com que tremiam.

- O quê? Parece que não estou a ouvir bem, berra o Afina Vozes.

- É verdade. Bem sei que será dificil para si, mas tem de se conformar, responde Joaquim não sabendo onde foi encontrar tanta coragem.

- Continuo sem perceber, diz o brutamontes suspendendo Joaquim no ar agarrado pelos colarinhos.

- Ela disse que gostava muito de si, mas que já não o amava, continua Joaquim em desespero de causa. Tem de compreender...

Com estas palavras Afina Vozes desata a chorar, largando Joaquim, que cai violentamente no chão.

- O que será de mim sem a minha pequerrucha. O meu diamantezinho...

- Tenha calma, diz-lhe Joaquim. A vida continua. Temos de nos conformar e seguir em frente.

- Olhe Joaquim, diz o Afina Vozes ainda a chorar. Espero que sejam muito felizes que eu cá me hei-de arranjar.

- Obrigado, Afina Vozes, agradece Joaquim.

- Mas se eu sei que algum dia a tratou mal ou ela não está feliz, em parto-o todo... Tenha cuidado.

- Tenha calma, amigo. Concerteza que a tratarei bem. Fique descansado.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Primeiro amigo de Joaquim



Publicamos a fotografia do primeiro amigo de Joaquim e que brevemente passará a ser uma das personagens do nosso romance...

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Joaquim, o Homem coragem

- Joaquim... Chama Margarida. Joaquim, não me abandones...

No entanto, Joaquim não voltou e saiu de casa. Ao chegar à rua encheu-se de coragem e dirigiu-se ao ginásio.

- Que seja o que Deus quiser, pensou Joaquim.

Ao chegar ao ginásio perguntou pelo Afina Vozes e, tal como Margarida tinha dito, toda a gente o conhecia e foi fácil encontrá-lo. Ao se deparar com aquele armário, Joaquim pensou seriamente em ir para casa e não pensar mais neste assunto. Mas sempre que pensava em ir embora lembrava-se de Margarida a chorar e a implorar-lhe para que não a abandonasse.

Respirou fundo e falou com ele.

- É você o Sr. Afina Vozes?

- Sou sim, responde o marido de Margarida. Vejo pela forma como protege as zonas baixas que já ouviu falar dos meus dotes como professor de canto... O que deseja? Parece-me que não o conheço...

- Eu chamo-me Joaquim... e... estou aqui para lhe dizer que eu e a sua esposa estamos apaixonados e ela vai abandoná-lo.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Música, maestro!


Uma homenagem ao Maestro mais famoso de Portugal...

terça-feira, 8 de maio de 2007

Tu és um Homem ou és um rato?

- Bem... Foi um prazer tê-la conhecido. Até uma próxima oportunidade, diz Joaquim estendendo a mão para cumprimentar Margarida.

- Mas você é um homem ou é um rato? Pergunta Margarida irritada.

- Realmente, nunca tinha percebido até hoje porque tenho as orelhas tão grandes, responde Joaquim.

- Não me diga que se vai embora, diz Margarida chorando. Eu na esperança que tinha encontrado o homem dos meus sonhos, o homem com quem queria viver o resto da minha vida e, afinal, não passa de um cobarde que não consegue assumir que encontrou a mulher da vida de le e que está na disposição de assumir os riscos desse amor.

Estas palavras da Margarida fizeram Joaquim voltar para trás e abraçá-la com toda a força que tinha.

- Eu também te amo, responde Joaquim. Desde que te vi que percebi que tu eras a tal... a mulher da minha vida. Não te incomodes, eu vou assumir os riscos do meu amor. Onde posso encontrar o teu marido?

- Bem... Podes encontrá-lo no ginásio a 200 metros daqui. Quando entrares pergunta pelo Afina Vozes que toda a gente te saberá encaminhar.

- Afina Vozes? Mas que raio de nome é esse? Pergunta Joaquim rindo à gargalhada.

- O meu marido, como te disse, é uma grande besta e quando se chateia com alguém costuma apertar uma certa zona dessa pessoa que a sua voz fica, digamos assim, afinada. Quase como um cantor de ópera. Não sei se estás a perceber...

- Bem... Então até qualquer dia. Gostei muito de a conhecer, diz Joaquim virando a costas a Margarida.

domingo, 22 de abril de 2007

Férias

Devido a férias, durante 2 semanas não vai haver publicação de novos capítulos do Romance Cor de Rosa. Depois vamos voltar em força com dezenas de novas personagens...

No entanto, não posso deixar de sugerir a compra de um livro de um grande amigo que vai ser posto à venda no próximo dia 4 de Maio.

Estão todos convidados para o lançamento que vai ocorrer no piso 7 do El Corte Inglês em Lisboa pelas 19h30.

Vai haver comes e bebes à borla... Não percam...



O Guardião da Noite é um figura mística que nos transporta para os sentidos possíveis da linguagem. O leitor encontrará neste conjunto de contos indícios, pistas enubladas, distorcidas, embaciadas de um discorrer de experiências que para além de serem vividas são alvo de reflexão apaixonada, teórica, melancólica... Nunca o autor tenta descrever um momento de uma forma directa, não tenta chegar à meta por uma direcção a direito, antes procura os caminhos que nos levam ao mesmo tempo pelo campo, pela cidade, pelo amor ou pelo mar, para assim entusiasmar o leitor, para assim desafiar o leitor. O Guardião da Noite é uma figura mística, mas este misticismo esta explícito na forma como o autor esconde cada palavra atrás de uma cortina que tenuamente mostra como cada conto nasce de cada vez que é lido.
"Magna Editora"

Diabinho


E aqui temos uma das mais influentes personagens deste romance, o diabinho... Não tem um ar tão querido? No entanto, é um terror...

sábado, 21 de abril de 2007

Percebeu ou é preciso fazer um desenho?

- Sabes, Joaquim, eu amo-te profundamente, mas tenho um problema, um pequeno problema com cerca de 140 quilogramas de músculo.

- 140 quê? Pergunta Joaquim fugindo dos braços de Margarida. Um músculo com 140 gramas? Não me diga que é travesti… Ai, a minha vida…

- Você é parvo ou faz-se? Diz Margarida visivelmente irritada. Eu disse que tinha um pequeno problema com 140 quilogramas de músculo e não 140 gramas de músculo.

- Ah Bem… Diz Joaquim. Agora é que não percebi. O que quer dizer com isso?

Margarida já aparentava um elevado grau de desespero.

- O que se passa é que eu sou casada. Não só sou casada, como o meu marido é um brutamontes com 140 quilos de peso. Percebeu ou é preciso fazer um desenho?

- Acho que percebi, responde Joaquim. Mas, por causa das dúvidas, pode explicar-me outra vez? Diz Joaquim aterrorizado.

- É verdade, responde Margarida com um ar sério… Sou casada e o meu marido é uma verdadeira besta, temido por todo o bairro por causa da elevada probabilidade de ele agredir qualquer pessoa sem qualquer causa aparente. Em geral está preso. Tem sorte que ele está actualmente em liberdade e, portanto, poderá ir falar com ele e dizer-lhe que me ama e que eu quero a separação…

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Imagem do encontro


Apesar de Joaquim e Margarida se esconderem, os nossos repórteres conseguiram apanhar uma imagem do encontro do casal...

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Gosta daquelas porcas?

- Margarida, diz Joaquim. Aqui tem o seu lenço que perdeu no autocarro e que deve ser a causa da sua preocupação.

- Eu nem acredito no que estou a ouvir, responde Margarida. Não me diga que ainda não percebeu que eu apenas queria falar consigo.

- Eu tinha a certeza que sim, responde Joaquim, mas a minha grande modéstia não me deixa acreditar que todas as mulheres que querem saltar em cima…

- Bem, agora surpreendeu-me…, diz Margarida. Afinal também se consegue descontrair e até dizer uma piada. Muito bem…

- Tem razão. Sou muito bom a contar piadas. Se quiser posso contar-lhe algumas… Gosta daquelas porcas?

- Acho melhor deixarmos as piadas para depois, responde Margarida pensando no que se estava a meter. Bem… Desde que o vi naquele autocarro que não tenho conseguido dormir. Passo o dia ansiosa para o ver. A minha vida passou a ter um único objectivo, encontrá-lo.

- Nem sabe o que esperei e sonhei para poder ouvir de si palavras tão bonitas. Este foi, sem dúvida, o momento mais feliz da minha vida.

Depois destas palavras abraçámo-nos por alguns minutos sem sequer se dizer uma palavra, até que Margarida sussurra ao ouvido de Joaquim.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

O encontro

A caminho do grande encontro, pergunta Joaquim...

- Ainda falta muito?

- Já lhe disse trinta vezes que não. Estamos quase, responde Fernando rispidamente.

Mais uns minutos e chegaram a uma casa com piscina e um belo jardim.

- Chegámos, diz Fernando.

O Joaquim, agora que se aproximava o momento do reencontro, mostrava claros sinais de nervosismo.

- E se ela não gostar de mim? Pergunta Joaquim nervoso. E se ela apenas quer reaver o lenço que perdeu? Não acha melhor eu dar-lhe o lenço a si e você entregar-lhe?

- Não seja parvo, responde Fernando. Ela disse que queria falar consigo e é a si que vou levar. Quero lá saber do lenço.

- Pronto, pronto… Não se chateie. Não se fala mais nisso, diz Joaquim atrapalhado.

Aqueles dez minutos de carro foram dramáticos. Se me perguntarem o que se passou desde que saí do carro até que o Fernando chamou a Margarida, não me lembro… Confesso que não sei. Apenas me recordo do momento em que o sol nasceu às 11 horas da manhã e me abraçou com todos os seus raios. Abracei-a com tanta força que…

- Mas o que é isto? Pergunta Margarida. Não me diga que ainda não nos apresentámos e já me quer partir ao meio. Não é necessário apertar-me com tanta força.

- Peço imensa desculpa, diz Joaquim, largando-a imediatamente. Peço desculpa. Não sei o que me passou pela cabeça…

- Não faz mal, responde Margarida. Então como se chama?

- Joa… Joa… Joaquim, diz Joaquim gaguejando.

- Coitado… Não me diga que os seus pais eram gagos e quando o registaram enganaram-se no nome, diz Margarida zombando do nervosismo do Joaquim.

- Não… O meu nome é apenas Joaquim. O que se passa é que estou muito nervoso.

- Não sei porque está assim tão nervoso… Não como ninguém… Pelo menos aqui no meio da rua…, diz Margarida alegremente.

- Como a conversa já está a resvalar para a ordinarice, acho que chegou a altura de me retirar, interrompe Fernando.

- Muito engraçado. Não há duvida que é muito engraçado, diz Margarida com um ar de desdém.

- Então, até logo, diz Fernando, despedindo-se.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Zé das Bifanas


Apresentamos o grande Zé das Bifanas, homem conhecido pelas excelentes... bifanas que serve...

domingo, 15 de abril de 2007

Sou eu...

- A única coisa que sei é que ela um dia estava sentada num autocarro em frente ao rapaz que pretende encontrar, tendo havido uma travagem brusca e perdeu lá um lenço com uma letra, o M.

O Joaquim estava a ficar pálido, azul... enfim... de todas as cores, enquanto o Fernando continua.

- Como é que vou conseguir encontrar uma pessoa nestas condições? Como é possivel encontrar um rapaz que, segundo ela é despenteado, magro e com uma cara de tótó...

- Mas... Mas... Balbucia o Joaquim.

- Qual mas... O que é que você tem, Joaquim? Está a sentir-se bem? Beba o café, continua Fernando preocupado com o aspecto do Joaquim.

- Mas... Eu... Sou...

- Esteja calado criatura que ainda lhe acontece uma coisa má, disse Fernando.

- Eu sou a pessoa que anda à procura... Como lhe tinha dito quando nos conhecemos, também tenho andado com alguns problemas, precisamente por causa de andar à procura da dona do lenço com a letra M.

- Bem, realmente, diz Fernando pensativamente. Olhando bem para si vejo que está despenteado, é magro e... deixe-me ver bem... Realmente tem cara de tótó. É verdade... Só pode ser você.

- Pois sou, responde Joaquim. Eu choquei com uma moça num autocarro e desde esse dia que não tenho pensado noutra coisa que não seja conhecê-la. Eu fiquei com o lenço dela, mas ela tirou-me algo mais precioso... O meu coração.

- Dê-me um abraço, meu salvador, diz Fernando visivelmente emocionado.

- Mas onde a posso encontrar? Pergunta Joaquim ansioso...

- Tenha calma, responde Fernando. Eu já o levo a ela.

sábado, 14 de abril de 2007

A chantagem

- Que tipo de chantagens é que ela faz?, pergunta Joaquim.

- Não imagina o que tenho sofrido. Vai a minha casa e começa a conversar com a irmã. Sempre que chego perto delas, começa a falar de roupas, ou umas botas que viu numa montra, piscando-me o olho para fazer sinal que tenho de lhe comprar esses objectos.

- Coitado, desabafa Joaquim...

- Veja bem que até houve um dia em que me deu uma lista com as suas medidas. O número dos sapatos, das saias, camisas, casacos... até sei o tamanho da cabeça dela.

- Tenho pena de si, Fernando..., diz Joaquim desanimado.

- Tenho de admitir que ela é muito bonita. Um grande borracho até... Muito bem fornecida de tudo o que uma mulher deve ter... No entanto, tem aquele feitio que me deixa completamente de rastos...

- Pois..., diz Joaquim cada vez com mais pena do Fernando.

- Veja bem, diz o Fernando, ao contrário do passado, em que me pedia roupas, agora pede-me as coisas mais malucas que se pode imaginar. Imagine só que ela me disse que caso eu não encontre uma pessoa que viu uma vez, conta tudo à minha mulher.

- Que disparate... Você deve ter uma vida horrível... diz Joaquim.

- O pior é que não tenho qualquer pista onde me possa agarrar. Não sei o nome, a idade, onde mora, nada...

- Bem, assim deve ser difícil, responde Joaquim.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Harrison Ford desiste do Indiana Jones


Depois de ler o argumento do filme do Romance Cor de Rosa, Harrison Ford desiste da sequela do famoso Indiana Jones para se preparar para o papel de Joaquim...

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Flagrante Delito

- Eu e a minha pequerrucha, a Luciana, apaixonámo-nos e, uma vez que ela achou interessante e vantajoso o negócio da herança, decidimos viver esta vida escondidos do mundo.

- Os problemas surgiram quando a malvada da irmã da Teresa, a Margarida, nos encontrou em flagrante delito, ainda por cima em minha casa. A Teresa tinha saído para ir fazer um tratamento à pele e eu sabia que não iria aparecer antes das 7 da tarde. O problema foi a cobra da Margarida ter pedido a chave de casa à Teresa para ir lá buscar umas roupas...

- Grande azar... ,disse Joaquim.

- Azar?, pergunta Fernando

- Tu não deves saber o que é azar. Azar é escorregar numa casca de banana ou cair-me um tijolo em cima por passar no sítio errado à hora errada. Isto foi uma completa burrice. Eu não podia ir para minha casa com a minha amante e esperar que nada acontecesse... Calhou aparecer a irmã... Se não fosse isso aconteceria outra coisa qualquer, como ser visto por uma vizinha, por exemplo...

- Realmente tem razão..., disse Joaquim, acenando com a cabeça.

- Pois... e agora tenho de aguentar com as suas chantagens e pressões. A minha vida está arruinada e eu não sei o que fazer.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Bono Vox aplaude


Muito bem... Aqui está uma história bem interessante... A não perder...

terça-feira, 10 de abril de 2007

Uma amante e 2 filhos

- E porque não tenta matá-la como fará com a Teresa?

- Já pensei nisso, mas... Sabe como são os problemas de consciência. Como lhe disse, a avó da Teresa é uma velhota bastante simpática e, por incrível que pareça, afeiçoei-me a ela e acho que não conseguiria matá-la. Além disso, apesar da idade, ela está em excelente forma e, dada a enorme fortuna que possuí, poderá levantar algumas suspeitas, principalmente para a minha cunhada Margarida, que é uma víbora. Mas já lá chegamos a essa parte da história.

- Pois é... disse Joaquim. Parece que o seu plano, aparentemente perfeito, já vai com 15 anos de execução e nunca mais acaba...

- Nem me diga, responde Fernando. Eu a pensar que ficaria no céu e, afinal, tenho de carregar esta cruz, sabe-se lá até quando. E a história ainda não acabou...

- Ai não? Pergunta Joaquim...

- Não. Como disse e bem, já vou com 15 anos de purgatório e parece que vai continuar por muitos mais anos. Como é lógico, e como homem entende-me, eu não podia ficar apenas com aquela bruxa da Teresa. Sendo ela tão feia e gorda, acabei por arranjar uma amante, uma colega de infância de quem sempre gostei. Foi o meu primeiro amor, de quem eu já tenho dois filhos.

- Desculpe que lhe diga - interrompe Joaquim - mas esta sua história está a ficar pior que uma novela venezuelana. Onde é que isto vai parar? Desconfio que ela não sabe dos seus dois filhos..., diz Joaquim.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Teresa, a esposa de Fernando


Muita curiosodade tem havido sobre o aspecto de Teresa, a querida esposa do Fernando. Não esperemos mais... Aqui está ela, ao vivo e a cores...

domingo, 8 de abril de 2007

15 anos de sofrimento

- Bem... Mesmo com a herança, não sei se aguentaria um fardo de tal tamanho. Não se esqueça que quando a dona Clotilde morrer fica com a herança, mas também tem de ficar com a fava, a filha. Eu abdicava da fortuna - interrompe Joaquim com um ar preocupado.

- Agora é que se engana - responde Fernando - O meu plano era perfeito, senão veja... A velhota tinha 93 anos. Como deve imaginar, não deveria durar muito tempo. Depois de morta a velha, metade da fortuna seria para a Teresa, a minha esposa, e a outra metade para a irmã, a Margarida.

- Mas mesmo assim, teria de aguentar com a bruxa, quer dizer, com a Teresa. Não deveria ser nada fácil - disse Joaquim tentando encontrar falhas na teoria de Fernando.

- Mais uma vez não está a acompanhar a minha mente brilhante - interrompe Fernando - Não está a perceber nada do meu plano.

- Então diga lá - diz Joaquim descrente.

- Como lhe disse à pouco, a Teresa tem uma mania com produtos de beleza e medicamentos para emagrecer. Depois da velha morrer eu arranjaria algum veneno que mataria a Teresa e ficaria com a parte dela na herança.

- Então e acha que ninguém iria desconfiar ? - pergunta Joaquim surpreendido com os acontecimentos.

- É claro que não. Toda a gente sabe como é a Teresa. São várias as pessoas amigas que já lhe disseram que um dia ela se mata com tantos medicamentos que toma. Era o plano perfeito.

- Era? Perguntei curioso.

- Pois é – respondeu... Como lhe disse, a velhota, que até é bastante simpática, tinha 93 anos quando vi o testamento. Acontece que actualmente tem 108 anos e parece que tem cada vez mais saúde. Já estou a ficar desesperado...

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Plano diabólico

- É verdade... Casei, mas não foi com a velha, foi com uma das duas filhas, a Teresa...

- Não entendo - disse Joaquim inquieto...

- Eu passo a explicar... Como deve imaginar, é um pouco complicado casar com uma senhora de tão elevada idade sem que levante suspeitas. Mas voltando atrás... Não foram tanto os meus colegas que me chatearam e convenceram a casar. O que se passou é que ao examinar a certidão do testamento verifiquei que a velhota, a senhora Clotilde, era mãe de uma grande amiga de infância, que por sinal também era solteira.

- Estou a ver, meu manganão - disse Joaquim divertido.

- Pois é... Sabendo que a mãe da minha colega tinha tanto dinheiro, não tinha nada a perder em tentar a minha sorte.

- Não está mal pensado - responde Joaquim, ao que o Fernando se antecipou.

- Mas não pense que a minha história acaba aqui. O meu plano apresenta contornos muito mais escuros do que possa imaginar.

- Bem... Então conte lá - Diz Joaquim muito curioso.

- Eu ainda não lhe disse, mas a Teresa, a filha solteira da Dona Clotilde, era uma rapariga de 32 anos que nunca tinha tido um namorado. É talvez a rapariga mais feia que conheço, baixa, gorda, cheia de acne, dentes tortos e uma verruga mesmo no meio do nariz. Um verdadeiro bicho.

- Não diga isso, meu amigo - disse Joaquim para o animar...

- Você diz isso, porque não a conhece, mas um dia que a apresente verá que tenho razão e de que quando Deus estava a distribuir as qualidades dos humanos deveria estar muito mal disposto quando chegou a vez da bruxa da Teresa. Mais... Além de feia, quer dizer, monstruosa, tinha a ideia completamente fixa em produtos de beleza, medicamentos para emagrecimento, cremes para a pele, champôs especiais para o cabelo, enfim, uma verdadeira farmácia ambulante. Julgo que no dia em que morrer terá de ser incinerada como um qualquer produto tóxico.

Fernando Santos


A pedido de muitas familias, aqui apresentamos mais uma personagem do nosso Romance Cor de Rosa, o desconsolado Fernando Santos...

quinta-feira, 5 de abril de 2007

A herança

- Tudo começou num belo dia de Setembro em que, no notário onde trabalho, o Jorge, um colega meu, a pessoa mais cuscuvilheira e intrometida que eu conheço, me mostrou a cópia de um testamento que tinha entrado recentemente nos serviços daquele notário.

- Um testamento? - Perguntei - Isto está a aquecer.

- Sim, um testamento. Tratava-se de uma herança de quantias muito elevadas que uma senhora viúva iria deixar às suas duas filhas. O mais interessante do testamento, e foi essa a causa do interesse do Jorge, era, além do elevado montante que estava envolvido, o facto de dizer respeito a uma velhota de 93 anos.

- Mas isso parece-me uma coisa perfeitamente normal. Uma senhora de idade fazer um testamento, responde Joaquim...

- Pois, mas foi o assunto do dia lá no notário. Quase todo o pessoal brincava dizendo que casaria com a velha se fossem solteiros. O problema é que eu era o único solteiro naquele grupo e não pararam de me chatear a dizer que deveria casar com a velha.

- Eu compreendo - disse Joaquim - por vezes os nossos colegas não têm o sentido do razoável e chateiam-nos por tudo e por nada.

- O problema é que tanto me chatearam que a história começou a entrar no meu pensamento.

Todo excitado, Joaquim pergunta,

- Não me diga que acabou por casar com a senhora. Agora eu me lembro que quando falámos há pouco se referiu a qualquer coisa relacionada com casamento...

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Guarda Joaninha


Caros amigos,

Apresento-vos a Guarda Joaninha. Quem diria que uma cara tão doce poderia ser tão cruel...

terça-feira, 3 de abril de 2007

Bruxa, feia e gorda

Devo dizer que sou muito envergonhado, mas a minha curiosidade estava a dar cabo de mim. Não percebia como é que uma pessoa com tão bom aspecto e roupas que me pareciam de qualidade, poderia ser tão infeliz. Não resisti em perguntar,

- Então diga-me lá, Fernando. O que é que tanto o atormenta que o deixa nesse estado tão... digamos... aéreo?

Sempre pensei que ele não iria responder. Afinal conheciamo-nos há cinco minutos, mas supreendentemente ele falou.

- Olhe Joaquim, tu não sabes o que tem sido a minha vida desde que decidi casar com aquela bruxa, feia e gorda.

- Não diga isso, Fernando... - Tentei animá-lo, mas não consegui tal era o desespero deste meu novo amigo...

- Diz-me isso porque não a conhece... Se a conhecesse, tenho a certeza que concordaria comigo...

- Mas o que é que a sua esposa lhe fez? - Perguntei batendo todos os recordes de impertinência.

- É uma longa história - Responde Fernando - Mas acho que necessito de desabafar. Tem tempo e paciência para me aturar durante várias horas?

- Bem... - Pensa Joaquim - Atrasado já estou. Por isso, pode começar.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Encontro fortuito

Com tantos problemas nem sequer tive tempo de pensar na minha incógnita amada com um nome iniciado por M. Seria Mariana, Marta, Maria Manuela? Não... Maria Manuela é que não. Cruzes canhoto.

Ia nos meus pensamentos quando ao passar em frente ao café do Zé das bifanas, choquei com um senhor que estava tão ou mais distraído que eu.

De imediato lhe pedi imensas desculpas pela minha distracção, mas enquanto me desculpava verifiquei que o senhor estava completamente destroçado, lamentando-se,

- Peço imensa desculpa. Sabe como é... Uma pessoa tem tantos problemas em que pensar que depois se esquece que temos de prestar atenção às outras pessoas que andam na rua - lamentava-se.

O senhor estava tão transtornado que até dava pena só de olhar para ele. Não o podia abandonar naquele estado. Convidei-o para ir tomar um café ao Zé das bifanas.

Sentámo-nos numa mesa da esplanada e iniciámos a nossa conversa, com o meu colega a iniciar as hostilidades,

- As minhas sinceras desculpas pelo sucedido. Estas minhas distracções ainda vão acabar mal. Veja bem que um dia ia tão distraído que bati com a cabeça num poste da electricidade que até desmaiei. Sabe como é... São os problemas desta vida que não nos deixam andar descansados... Mas, meu amigo, o que evitou males maiores foi o intenso cheiro a champô que me chegou ao nariz e me fez levantar a cabeça para ver o que passava... Infelizmente não foi a tempo de evitar este pequeno acidente.

- Sabe, meu amigo - interrompeu Joaquim - Eu também não posso dizer que esteja a ter uma vida totalmente descansada e feliz. Também tenho os meus problemas e ultimamente não têm sido tão poucos quanto isso...

Por mais que Joaquim evitasse, os cheiros continuavam a ser o tema principal da conversa,

- Desculpe que lhe diga, mas a ver pelo aspecto e cheiro do seu cabelo vejo que a vida não lhe está a ser fácil. Aliás, quando embati consigo pensei que tinha chocado com um vagabundo e que a carteira já me tinha sido gamada.

- Bem... Acho melhor mudarmos de assunto - diz Joaquim envergonhado - Estamos aqui a falar e ainda não nos apresentámos. Eu chamo-me Joaquim, e o senhor, como se chama?

- Fernando... Fernando Santos - apresentou-se esticando a mão - muito prazer em conhecê-lo...

domingo, 1 de abril de 2007

Banho gelado

Chegado a casa deparo-me com milhares de folhetos de publicidade na caixa do correio, misturados de uma resma de contas para pagar... Nem quis saber... Queria era ir dormir...

Acho que as últimas peças de roupa já as despi a dormir. Caí na cama que nem um patinho. E dormi, dormi, dormi, até que tocou aquele maldito despertador... Pippp... Pippp... Pippp.

Eu lembro-me de ter ouvido qualquer coisa, mas não liguei, até que olhei para o lado e verifiquei que já eram quase 10 horas e o meu horário de entrada é às 9 horas.

- Raios... já vou ter de correr outra vez! - gritei de desespero - Vejo que o dia me está a correr bem.

Salto da cama, corro para a casa de banho para tomar um duche rápido quando o mundo caiu a meus pés. Não havia gás. Como tinha estado hospitalizado durante quinze dias, como é óbvio, não paguei a conta e zás... Cortaram-me a porcaria do gás.

Bem... Parece que vou ter de tomar um belo banhinho gelado... Breeee... Breeee... Dizem que faz bem aos ossos... Eu não acredito...

Abri a torneira e cairam do choveiro autênticos cubos de gelo. Estava a ser um inverno rigoroso e Janeiro é sempre Janeiro.

Pus um capacete para não partir a cabeça e abri a maldita torneira. O que custa mais são os primeiros trinta segundos. A partir daí, o corpo fica anestesiado e já nem sentimos nada.

O problema agora eram os vizinhos a reclamar pelo barulho dos meus dentes a baterem como castanholas.

Ensaboei-me energicamente para ver se o corpo aquecia e, quando liguei a torneira para tirar a espuma do sabonete e do shampô, nada saía. Inicialmente pensei que o choveiro tinha congelado, mas não...

- Porra. Não me digam que além do gás, também me cortaram a água. O que vou fazer agora? - Gritei desesperado - Bem... Tenho de me limpar com uma toalha e seja o que Deus quizer.

Fiquei horrivel com um cheiro estranho no corpo e com o cabelo todo empastado por causa do excesso de champô. Só espero que hoje não chova, porque se isso acontecer fico a parecer um maluco depois de sair de uma festa de espuma.

Preparei o pequeno almoço sempre na expectativa de ver quando iria faltar a electricidade, também devido a falta de pagamento. Nada aconteceu. Até estranhei.

Acabei de me vestir, peguei no meu guarda chuva e na minha pasta e pûs-me a caminho do trabalho.

sábado, 31 de março de 2007

Guarda Cardoso



Mais uma personage que acaba de vos ser apresentada, neste caso, o Garda Cardoso. Espero que gostem dele...

sexta-feira, 30 de março de 2007

Estadia no Hospital

Depois de uma bela estadia no hospital, estava completamente esgotado. Esta vida de doente não é para mim. Acordar zonzo por causa dos medicamentos, tomar um duche numa casa de banho em que o chuveiro apenas funciona depois de uma martelada, água fria e ferrugenta, e ensaboar-me com um pedaço de sabão macaco. Devo dizer que pelo menos no que se refere ao champô, não se pode reclamar, porque havia uma vasta quantidade de alternativas à escolha do freguês, quer dizer, do paciente. De facto, havia amostras promocionais de todas as marcas de champô, o que me faz pensar que existe alguém com a função específica de andar a roubar as caixas do correio da vizinhança.

Realmente os gestores deste hospital são uma pessoas abençoadas. Não havia papel higiénico, mas tínhamos sempre o jornal da semana anterior que, além de nos limpar... a alma, também nos cultivava o espírito. Só é pena ficar com o rabo todo gatafunhado com as notícias e fotografias do dia. Além de que não podia emprestar o jornal ao colega de quarto. Bem... não se pode ter tudo.

Em suma, tratava-se de uma casa de banho bastante boa, principalmente se eu tivesse as orelhas grandes, um rabo comprido e gostasse de queijo.

Adiante... O que interessa é que consegui sair vivo daquele matadouro. Quero é ir para casa para ver se descanso um pouco, porque amanhã já tenho de ir trabalhar.

quinta-feira, 29 de março de 2007

Nota do Autor

Caros amigos,

Agora que termina o capitulo 1 do romance cor de rosa, do qual já conhecem algumas personagens, nomeadamente o Joaquim, a Guarda Joaninha e o Chefe Cardoso, importa esclarecer alguns pontos que nos parecem pertinentes:

1º - Este é um blog que não vai falar de sexo (metade dos visitantes desligaram o blog neste momento), nem vamos apresentar fotos de gajas mamalhudas nuas com fio dental. Quer dizer... Depende... Tudo depende do Joaquim e das outras personagens que ainda não vos foram apresentadas. Se na historia houver sexo, nós, como bons defensores da verdade, podemos referir uma ou outra cambalhota dada pelas várias personagens.

2º - Neste blog não vamos mostrar o vídeo da Elsa Raposo com o seu amigo Mário, nem o vídeo da Pamela Anderson ou da Paris Hilton, nem fotos do Cristiano Ronaldo nu (mais 25% dos visitantes desistiram de ler o resto do blog). Já agora, caso exista alguém que tenha os ditos vídeos, pode enviar-me por e-mail (menos as fotos do Cristiano Ronaldo nu).

3º - O blog não tem como objectivo elogiar o humor dos Gatos Fedorentos ou criticar o novo programa do Herman José (a partir deste ponto não há mais ninguém a ler isto, pelo que posso escrever o que quiser que ninguém vai saber).

4º - O blog não tem como objectivo apresentar os pensamentos mais elevados e sofisticados do momento, tipo, sei lá, a Tertúlia Cor de Rosa, o blog do Pacheco Pereira ou o programa do Soares (agora é que não há mais ninguém a ler. A minha esposa acabou de desligar o computador).

5º - Neste blog não se vai falar de futebol. Nem sei se o Joaquim é do Benfica (SLB, SLB, SLB, SLB, SLB, Glorioso, SLB, Glorioso, SLB), do Sporting ou do Porto. Nós nem sabemos se é português ou brasileiro e se é do Fluminense ou do Flamengo.

Então, se não se vai falar de sexo, dos Gatos Fedorentos, do Soares e não tem o vídeo da Elsa Raposo, do que é que se vai falar?, perguntam vocês off-line.

Vai-se falar de uma pessoa super banal, o Joaquim, na procura incessante do amor da sua vida.

Ah bem..., respondem todos. Estávamos a ver que não valia a pena ler este blog...

Aniversário do Autor


Desejem um feliz aniversário ao autor. Ele não merece, mas vai ficar todo contente...

quarta-feira, 28 de março de 2007

Sinopse do Capítulo 1

Terminado o capitulo 1, impõe-se um breve resumo da história até ao momento.

No entanto, o resumo não dispensa a leitura atenta de todos os posts publicados que, como verão, têm muitos pontos de interesse.

Joaquim, o nosso herói, acorda para mais um banal dia de trabalho. Tudo decorre dentro da normalidade até que, no autocarro, se encontra sentada à sua frente uma moça que deixou Joaquim enfeitiçado.

Depois de decidir falar com a rapariga, fecha os olhos, respira fundo e pergunta-lhe o nome.

Inesperadamente, quando abre os olhos vê à sua frente uma velha que lhe dá com uma bengala na cabeça.

Apesar do pedido de desculpas, a senhora chama a polícia e obriga Joaquim a ir à esquadra.

Ao levantar-se do banco do autocarro, Joaquim verifica que tem no colo um lenço bordado com a letra M, lenço este que tinha a certeza pertencer à sua amada.

Já na esquadra, Joaquim apanhou um susto quando soube que a senhora que o acusava de ofender a sua honra se chamava Maria Manuela.

Só mais tarde descobriu que o lenço, afinal, não pertencia à velha cascavel, tendo apanhado uns socos valentes da Guarda Joaninha por ter sugerido que o lenço era de tão reputada senhora.

Joaquim tinha o olho negro e quatro costelas partidas, mas isso não o preocupava. A sua única preocupação era encontrar a mulher da sua vida...

terça-feira, 27 de março de 2007

O Culpado



Pois é, meus amigos, aqui está o culpado desta grande trapalhada...

Se não fosse este cão a pôr-se à frente do autocarro, o Joaquim não se tinha metido em sarilhos...

Uma personagem desta importância merece um nome à altura.

Ajude-nos a escolher um nome adequado.

Sugerimos "Carcaças"...

segunda-feira, 26 de março de 2007

Afinal o lenço...

Já acordado, o agente Cardoso teve pena de mim, retirou a queixa da velha, que continuava a insultar-me, e mandou-me ir ao hospital curar o olho negro e o nariz partido fruto da simpatia e delicadeza da agente Joaninha.

Muito triste, agradeci ao Chefe Cardoso, despedi-me e disse à velha, quer dizer, à senhora de idade chamada dona Maria Manuela,

- Dona Maria Manuela, peço desculpa pelo incomodo causado e tome o lenço que perdeu no autocarro.

A velha tonta perdeu totalmente as estribeiras. Só faltou bater-me.

- Mas esse lenço não é meu. Acha que tenho idade para andar com lenços de seda bordados e cheios de perfume? Acha que eu sou alguma galdéria? Está a ver senhor guarda, já está a ofender-me outra vez...

A guarda Joaninha ficou de tal modo revoltada que me deu um soco tão grande que fiquei uma semana internado no hospital. Estava tão feliz por o lenço não ser da cascavel que as quatro costelas partidas nada me doíam. Só pensava numa forma de poder encontrar aquela deusa e, tal como nas histórias de príncipes e fadas, casar, ter muitos filhos e viver feliz para sempre...

domingo, 25 de março de 2007

Joaquim, o desejado


Conforme combinado, cá está o nosso herói Joaquim.

Caso goste ou não do Joaquim, não deixe de dar a sua opinião nos comentários.

sábado, 24 de março de 2007

Maria escreve-se com M

Para repôr a calma na esquadra, o guarda Cardoso interrompe,

- Vamos a ter calma. Dona Maria Manuela, assine aqui o papelinho da queixa para este meliante ir para o xelindró.

- Maria? Mas Maria escreve-se com M - digo eu todo assustado.

- Claro que se escreve com um M - responde o guarda Cardoso - Além de mal educado ainda é burro...

Eu estava em pânico. Tinha de insistir no assunto,

- Mas tem a certeza que esta senhora se chama Maria?

O guarda Cardoso estava e ficar nervoso e respondeu de imediato,

- Claro que tenho a certeza. Trabalho nesta esquadra há trinta anos e desde essa altura que conheço esta senhora e sempre se chamou Maria Manuela...

- Manuela também se escreve com M... - digo com um ar desesperado.

- E olhe que conheço esta senhora muito bem. Vem cá quase todos os dias com um vagabundo diferente. E desde que o marido faleceu ainda vem mais - continuou o agente.

A minha cara já tinha ficado de todas as cores possíveis e imaginárias desde que descobri que o M do lenço de seda era de uma velha que dizia que eu tinha tentado violentá-la. Não aguentei. Acabei por desmaiar. A partir daí só me lembro de ver a agente Joaninha em cima de mim a tentar acordar-me. Acho que o objectivo dela não era acordar-me, mas vingar-se daquilo que a velha dizia a meu respeito.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Notícia de última hora

Depois de muita insistência, conseguimos convencer o Joaquim a visitar o blog Romance Cor de Rosa.

Não perca, em directo e em exclusivo, as primeiras imagens do nosso herói na próximo Domingo a partir das 14 horas.

Esquadra de Polícia

Mesmo depois de pedir desculpa àquela chata, tive mesmo de ir à polícia. Ao entrar na esquadra, diz o guarda de serviço,

- Então, minha senhora, como vai? Como está desde ontem? De quem vem fazer queixa hoje?

Respondendo logo de seguida - Olhe senhor guarda Cardoso, foi este senhor que me ofendeu no autocarro. Começou a agarrar-se a mim...

- Ai se fosse comigo! - Diz a guarda que estava junto ao balcão da esquadra, continuando - Minha senhora, eles sabem com quem se metem. Se fosse comigo levava uma joelhada num sitio que eu cá sei que até via estrelas - Continua a guarda Joaninha, vociferando - Mas continue, minha senhora, que o guarda Cardoso está a ficar nervoso.

- Como estava a dizer, ele agarrou-me, ofendeu-me e se não fossem as pessoas que estavam no autocarro, não sei o que aconteceria - diz a víbora aos agentes da autoridade.

Eu nem me importava com o que a megera dizia. Só pensava na dona daquele lenço e na forma de descobrir onde a encontrar. Quando já estava quase na lua, pergunta o guarda Cardoso,

- Então, o que tem a dizer em sua defesa antes de ir para a cadeia ver o sol nascer aos quadradinhos? Você é um ordinário - e continua - Sabe minha senhora, esta mocidade de agora é uma vergonha. Mas sempre que aqui vêm parar faço questão de fazer algo por eles, ou seja, uma semana na prisão não faz mal a ninguém, antes pelo contrário. Então, o que diz em sua defesa?

Fiquei tão atrapalhado que nem uma palavra me saiu. Indignada por eu não dizer nada, a agente Joaninha interviu de novo,

- Pois é... Nem sequer se defende. Ai se fosse comigo... Se me tentassem violentar, acho que uma parte de si não ficava com muita saúde... Era cá uma joelhada que levava que não sei o que lhe aconteceria...

quinta-feira, 22 de março de 2007

O Lenço

- Então onde está a moça? - Pensei - E o anjinho? E o diabinho? Será que imaginei tudo isto? - A minha cabeça dava voltas e voltas e não sabia muito bem o que me estava a acontecer.

Enquanto estava nestes pensamentos, a velha continuava com os seus insultos,

- Seu ordinário. Não tem respeito por ninguém! - Gritava a velha cada vez mais alto - Perguntar-me o nome... Logo a mim que tenho idade para ser avó dele. O senhor tem de se responsabilizar pelas coisas que fez. Vamos à esquadra da polícia.

Ao me levantar do banco do autocarro para ir à esquadra verifiquei que tinha no meu colo um lenço de seda com uma letra bordada em cor-de-rosa. Era um M. Ao ver o lenço recomecei a ter esperança de que não estava completamente louco, que tudo, afinal, não tinha sido mera imaginação. Será este lenço daquela rapariga que passou a ser a razão do meu viver? Eu tinha a certeza que sim.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Amado Vs Odiado

Não se fala noutra coisa... Será o despertador o nosso fiél e amado amigo ou, por outro lado, será o pior dos seres odiado como Judas?

Se leva o seu despertador a passear com uma trela pelos jardins do seu bairro, vote em AMADO. Se a sua casa já não tem paredes de tanto levarem com o despertador, vote ODIADO.

A decisão é sua... Acho que não vou conseguir dormir até saber os resultados...

Raio da Velha

Depois deste pequeno incidente, a discussão entre o anjo e o diabinho voltou a animar-se.
Diz, então, o diabinho,

- Vês, eu não te disse? Nem sequer foi necessário lhe teres piscado o olho para ela saltar para cima de ti.

E lá vem o anjo, já em desespero de causa,

- Não sejas parvo, Joaquim. Aquilo foi pura coincidência. Ela veio para cima de ti por causa da travagem do autocarro provocado por um cão passar à frente, provavelmente obra do Demo - diz o anjinho benzendo-se, continuando - não acredites nesse malvado...

Ao fazer uma análise de tudo o que tinha acontecido é lógico que tinha de acreditar no diabinho. Foi, então, que decidi falar-lhe... Fechei os olhos por uns momentos para me concentrar, pensei e disse,

- Olá. Como se chama?

Qual não foi o meu espanto quando, logo depois de dizer esta simples e inocente frase, ainda antes de abrir os olhos, levei com um chapéu de chuva de uma velhota que apareceu sentada à minha frente.

Fernanda Serrano vs Lili Caneças

Num dos comentários ao "post" denominado "Sentado no Autocarro" foi sugerido que o preço do bilhete deveria estar indexado à beleza dos passageiros, nomeadamente referindo que o autocarro da Fernanda Serrano deveria originar uma facturação absurda.

Neste contexto, há uma questão que não pode deixar de ser colocada: preferia pagar para entrar no autocarro da Fernanda Serrano ou exigiria receber uma compensação para dar uma voltinha na camioneta da Lili Caneças?

Não deixe que os outros decidam por si nesta questão tão importante para o seu futuro!

Vote que nós vamos dando conta dos resultados...

terça-feira, 20 de março de 2007

Sentado no Autocarro

Então não é que quando estou na fila para apanhar o autocarro começa a chover? Logo hoje que parecia que iriamos ter um belo dia de Primavera. A minha sorte foi o autocarro só ter chegado atrasado vinte e cinco minutos.

Entrei, sentei-me e qual não foi o meu espanto quando vejo sentada à minha frente uma daquelas raparigas que nos fazem perder a respiração. Era o dia ideal para verificar se o efeito do desodorizante era o mesmo da publicidade. Será que ela saltaria para cima de mim? Com tanta gente no autocarro e de tão apertados que estavamos, começava a ter dúvidas daquilo que mais desejava. Morrer asfixiado com uma deusa em cima de mim, ou perder a oportunidade de tocar em tamanha beleza? Fiquei, então, em suspenso para ver o que acontecia.

Foi neste exacto momento que se alojaram em cima dos meus ombros, de um lado um anjo e do outro um diabinho.

Comecei logo a imaginar que estas duas personagens seriam a minha consciência. Era só o que me faltava acontecer.

Enquanto pensava, começou o diabinho,

- Joaquim, pisca-lhe o olho. Vê como ela olha para ti. Não percas esta oportunidade, porque gajas destas não encontras todos os dias. Uma brasa como esta é que queria lá no inferno. Se aquilo já é quente, com este vulcão...

E responde o anjinho com um ar muito aflito,

- Vá de retro Satanás! Não digas isso, seu malvado. Joaquim, está quieto! Tu és um bom rapaz e não faças disparates de que te venhas a arrepender mais tarde.

E recomeça o diabinho,

- Está calado seu maricas com asas. Joaquim, pisca-lhe o olho. Vais ver que se lhe piscares o olho ela salta para cima de ti. Não a deixes fugir. Com uma boazona destas até o patrão do anjinho perdia a cabeça.

Enquanto decorria esta conversa, um cão passa à frente do autocarro obrigando o motorista a fazer uma travagem brusca. Como resultado desta manobra perigosa, a rapariga que estava à minha frente veio parar ao meu colo.

- Desculpe, disse ela depois de um breve sorriso, voltando de seguida ao seu lugar.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Pequeno Almoço

Pois é... Lá tenho de me levantar para mais um dia completamente igual aos que já se seguiram. Agora vou tomar banho. Vocês não sabem o que é tomar banho no Inverno às seis da manhã. Bem..., quando saímos da água, aquilo é que é tremer de frio.

Já se faz tarde. Tenho de me despachar ou chego novamente atrasado ao trabalho. Tomo o pequeno almoço, quer dizer, engulo o pequeno almoço, não há tempo para mais. Corto o pão, ponho os sapatos na torradeira, lavo os dentes com mateiga, ponho a pasta de dentes nos sapatos, calço as torradas, ponho Nesquik na manteiga, engulo tudo e estou pronto para ir embora. Como vêem, sou uma pessoa muito sincronizada. Isto só se consegue ao fim de muitos anos. Não tentem fazer isto em casa sem a ajuda dos vossos pais.

Pego, então, a minha pasta e lá vou eu trabalhar. Só espero não me esquecer de comprar um novo despertador na hora de almoço.

E assim começou mais um dia. E a ver pelo que já se passou, não muito diferente dos anteriores. O melhor é ir trabalhar e deixar-me de lamúrias.

Questão do Autor

Quem nunca se sentiu como o nosso amigo Joaquim hoje ao acordar?

Eu próprio já me apeteceu pôr o despertador no micro-ondas para ver se aquela porcaria rebentava toda.

domingo, 18 de março de 2007

6 da manhã

Eram 6 da manhã quando aquele despertador desgraçado teve a lata de dar o ar da sua graça. Nunca gostei dele. Irrita-me aquela pontualidade britânica. Todos os dias, sempre à mesma hora, lá está ele a berrar desalmadamente até acordar toda a vizinhança.

Além disso, é um bruto, não tem modos. Acorda-me de forma brusca com aquele som que mais parece o alarme do Louvre depois de terem roubado a Mona Lisa. Poderia ser simpático e tocar uma música romântica que me embalasse em vez de me acordar.

Porque é que não é como a minha mãe em que lhe peço para me acordar e depois tem pena de o fazer, deixando-me a dormir até à hora de almoço? Um pouco de espírito maternal não faz mal a ninguém, nem mesmo a um despertador.

Lá estou eu a dar a ideia que gosto muito de dormir. Bem, não é verdade. Eu até acho que deveria ser possível chegarmos à cama, dormir cinco minutos e ficarmos com a energia suficiente para mais um dia. No resto do tempo até de manhã poderiamos fazer coisas muito interessantes, como por exemplo, ver televisão, ou jogar computador... Portanto, o problema não é gostar ou não de dormir muito. O que não gosto é de ser mandado de uma forma totalmente autoritária e arrogante como este despertador o faz. Não há uma palavra de incentivo, um reconhecimento, nada. É um insensível.

Mas devo dizer que este despertador tem muita força espiritual para conseguir sobreviver aos mais variados insultos que tanto ele como a sua familia são alvo. Isto para não falar da sua resistência fisica para suportar as minhas agressões. Tenho de reconhecer que a parede do meu quarto também sofre um pouco com as nossas desavenças.

Introdução

Um dia conheci um rapaz que tinha a vida mais banal do mundo.

Acordava todos os dias de madrugada para ir trabalhar, almoçava sempre no mesmo sítio, voltava para casa sempre à mesma hora, via os mesmos programas de televisão e ía dormir depois da novela das nove.

Tudo corria dentro desta banalidade até que um dia encontrou um lenço com um M bordado em cor de rosa. Mas é melhor começar pelo início...