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domingo, 22 de abril de 2007

Férias

Devido a férias, durante 2 semanas não vai haver publicação de novos capítulos do Romance Cor de Rosa. Depois vamos voltar em força com dezenas de novas personagens...

No entanto, não posso deixar de sugerir a compra de um livro de um grande amigo que vai ser posto à venda no próximo dia 4 de Maio.

Estão todos convidados para o lançamento que vai ocorrer no piso 7 do El Corte Inglês em Lisboa pelas 19h30.

Vai haver comes e bebes à borla... Não percam...



O Guardião da Noite é um figura mística que nos transporta para os sentidos possíveis da linguagem. O leitor encontrará neste conjunto de contos indícios, pistas enubladas, distorcidas, embaciadas de um discorrer de experiências que para além de serem vividas são alvo de reflexão apaixonada, teórica, melancólica... Nunca o autor tenta descrever um momento de uma forma directa, não tenta chegar à meta por uma direcção a direito, antes procura os caminhos que nos levam ao mesmo tempo pelo campo, pela cidade, pelo amor ou pelo mar, para assim entusiasmar o leitor, para assim desafiar o leitor. O Guardião da Noite é uma figura mística, mas este misticismo esta explícito na forma como o autor esconde cada palavra atrás de uma cortina que tenuamente mostra como cada conto nasce de cada vez que é lido.
"Magna Editora"

Diabinho


E aqui temos uma das mais influentes personagens deste romance, o diabinho... Não tem um ar tão querido? No entanto, é um terror...

sábado, 21 de abril de 2007

Percebeu ou é preciso fazer um desenho?

- Sabes, Joaquim, eu amo-te profundamente, mas tenho um problema, um pequeno problema com cerca de 140 quilogramas de músculo.

- 140 quê? Pergunta Joaquim fugindo dos braços de Margarida. Um músculo com 140 gramas? Não me diga que é travesti… Ai, a minha vida…

- Você é parvo ou faz-se? Diz Margarida visivelmente irritada. Eu disse que tinha um pequeno problema com 140 quilogramas de músculo e não 140 gramas de músculo.

- Ah Bem… Diz Joaquim. Agora é que não percebi. O que quer dizer com isso?

Margarida já aparentava um elevado grau de desespero.

- O que se passa é que eu sou casada. Não só sou casada, como o meu marido é um brutamontes com 140 quilos de peso. Percebeu ou é preciso fazer um desenho?

- Acho que percebi, responde Joaquim. Mas, por causa das dúvidas, pode explicar-me outra vez? Diz Joaquim aterrorizado.

- É verdade, responde Margarida com um ar sério… Sou casada e o meu marido é uma verdadeira besta, temido por todo o bairro por causa da elevada probabilidade de ele agredir qualquer pessoa sem qualquer causa aparente. Em geral está preso. Tem sorte que ele está actualmente em liberdade e, portanto, poderá ir falar com ele e dizer-lhe que me ama e que eu quero a separação…

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Imagem do encontro


Apesar de Joaquim e Margarida se esconderem, os nossos repórteres conseguiram apanhar uma imagem do encontro do casal...

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Gosta daquelas porcas?

- Margarida, diz Joaquim. Aqui tem o seu lenço que perdeu no autocarro e que deve ser a causa da sua preocupação.

- Eu nem acredito no que estou a ouvir, responde Margarida. Não me diga que ainda não percebeu que eu apenas queria falar consigo.

- Eu tinha a certeza que sim, responde Joaquim, mas a minha grande modéstia não me deixa acreditar que todas as mulheres que querem saltar em cima…

- Bem, agora surpreendeu-me…, diz Margarida. Afinal também se consegue descontrair e até dizer uma piada. Muito bem…

- Tem razão. Sou muito bom a contar piadas. Se quiser posso contar-lhe algumas… Gosta daquelas porcas?

- Acho melhor deixarmos as piadas para depois, responde Margarida pensando no que se estava a meter. Bem… Desde que o vi naquele autocarro que não tenho conseguido dormir. Passo o dia ansiosa para o ver. A minha vida passou a ter um único objectivo, encontrá-lo.

- Nem sabe o que esperei e sonhei para poder ouvir de si palavras tão bonitas. Este foi, sem dúvida, o momento mais feliz da minha vida.

Depois destas palavras abraçámo-nos por alguns minutos sem sequer se dizer uma palavra, até que Margarida sussurra ao ouvido de Joaquim.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

O encontro

A caminho do grande encontro, pergunta Joaquim...

- Ainda falta muito?

- Já lhe disse trinta vezes que não. Estamos quase, responde Fernando rispidamente.

Mais uns minutos e chegaram a uma casa com piscina e um belo jardim.

- Chegámos, diz Fernando.

O Joaquim, agora que se aproximava o momento do reencontro, mostrava claros sinais de nervosismo.

- E se ela não gostar de mim? Pergunta Joaquim nervoso. E se ela apenas quer reaver o lenço que perdeu? Não acha melhor eu dar-lhe o lenço a si e você entregar-lhe?

- Não seja parvo, responde Fernando. Ela disse que queria falar consigo e é a si que vou levar. Quero lá saber do lenço.

- Pronto, pronto… Não se chateie. Não se fala mais nisso, diz Joaquim atrapalhado.

Aqueles dez minutos de carro foram dramáticos. Se me perguntarem o que se passou desde que saí do carro até que o Fernando chamou a Margarida, não me lembro… Confesso que não sei. Apenas me recordo do momento em que o sol nasceu às 11 horas da manhã e me abraçou com todos os seus raios. Abracei-a com tanta força que…

- Mas o que é isto? Pergunta Margarida. Não me diga que ainda não nos apresentámos e já me quer partir ao meio. Não é necessário apertar-me com tanta força.

- Peço imensa desculpa, diz Joaquim, largando-a imediatamente. Peço desculpa. Não sei o que me passou pela cabeça…

- Não faz mal, responde Margarida. Então como se chama?

- Joa… Joa… Joaquim, diz Joaquim gaguejando.

- Coitado… Não me diga que os seus pais eram gagos e quando o registaram enganaram-se no nome, diz Margarida zombando do nervosismo do Joaquim.

- Não… O meu nome é apenas Joaquim. O que se passa é que estou muito nervoso.

- Não sei porque está assim tão nervoso… Não como ninguém… Pelo menos aqui no meio da rua…, diz Margarida alegremente.

- Como a conversa já está a resvalar para a ordinarice, acho que chegou a altura de me retirar, interrompe Fernando.

- Muito engraçado. Não há duvida que é muito engraçado, diz Margarida com um ar de desdém.

- Então, até logo, diz Fernando, despedindo-se.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Zé das Bifanas


Apresentamos o grande Zé das Bifanas, homem conhecido pelas excelentes... bifanas que serve...

domingo, 15 de abril de 2007

Sou eu...

- A única coisa que sei é que ela um dia estava sentada num autocarro em frente ao rapaz que pretende encontrar, tendo havido uma travagem brusca e perdeu lá um lenço com uma letra, o M.

O Joaquim estava a ficar pálido, azul... enfim... de todas as cores, enquanto o Fernando continua.

- Como é que vou conseguir encontrar uma pessoa nestas condições? Como é possivel encontrar um rapaz que, segundo ela é despenteado, magro e com uma cara de tótó...

- Mas... Mas... Balbucia o Joaquim.

- Qual mas... O que é que você tem, Joaquim? Está a sentir-se bem? Beba o café, continua Fernando preocupado com o aspecto do Joaquim.

- Mas... Eu... Sou...

- Esteja calado criatura que ainda lhe acontece uma coisa má, disse Fernando.

- Eu sou a pessoa que anda à procura... Como lhe tinha dito quando nos conhecemos, também tenho andado com alguns problemas, precisamente por causa de andar à procura da dona do lenço com a letra M.

- Bem, realmente, diz Fernando pensativamente. Olhando bem para si vejo que está despenteado, é magro e... deixe-me ver bem... Realmente tem cara de tótó. É verdade... Só pode ser você.

- Pois sou, responde Joaquim. Eu choquei com uma moça num autocarro e desde esse dia que não tenho pensado noutra coisa que não seja conhecê-la. Eu fiquei com o lenço dela, mas ela tirou-me algo mais precioso... O meu coração.

- Dê-me um abraço, meu salvador, diz Fernando visivelmente emocionado.

- Mas onde a posso encontrar? Pergunta Joaquim ansioso...

- Tenha calma, responde Fernando. Eu já o levo a ela.

sábado, 14 de abril de 2007

A chantagem

- Que tipo de chantagens é que ela faz?, pergunta Joaquim.

- Não imagina o que tenho sofrido. Vai a minha casa e começa a conversar com a irmã. Sempre que chego perto delas, começa a falar de roupas, ou umas botas que viu numa montra, piscando-me o olho para fazer sinal que tenho de lhe comprar esses objectos.

- Coitado, desabafa Joaquim...

- Veja bem que até houve um dia em que me deu uma lista com as suas medidas. O número dos sapatos, das saias, camisas, casacos... até sei o tamanho da cabeça dela.

- Tenho pena de si, Fernando..., diz Joaquim desanimado.

- Tenho de admitir que ela é muito bonita. Um grande borracho até... Muito bem fornecida de tudo o que uma mulher deve ter... No entanto, tem aquele feitio que me deixa completamente de rastos...

- Pois..., diz Joaquim cada vez com mais pena do Fernando.

- Veja bem, diz o Fernando, ao contrário do passado, em que me pedia roupas, agora pede-me as coisas mais malucas que se pode imaginar. Imagine só que ela me disse que caso eu não encontre uma pessoa que viu uma vez, conta tudo à minha mulher.

- Que disparate... Você deve ter uma vida horrível... diz Joaquim.

- O pior é que não tenho qualquer pista onde me possa agarrar. Não sei o nome, a idade, onde mora, nada...

- Bem, assim deve ser difícil, responde Joaquim.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Harrison Ford desiste do Indiana Jones


Depois de ler o argumento do filme do Romance Cor de Rosa, Harrison Ford desiste da sequela do famoso Indiana Jones para se preparar para o papel de Joaquim...

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Flagrante Delito

- Eu e a minha pequerrucha, a Luciana, apaixonámo-nos e, uma vez que ela achou interessante e vantajoso o negócio da herança, decidimos viver esta vida escondidos do mundo.

- Os problemas surgiram quando a malvada da irmã da Teresa, a Margarida, nos encontrou em flagrante delito, ainda por cima em minha casa. A Teresa tinha saído para ir fazer um tratamento à pele e eu sabia que não iria aparecer antes das 7 da tarde. O problema foi a cobra da Margarida ter pedido a chave de casa à Teresa para ir lá buscar umas roupas...

- Grande azar... ,disse Joaquim.

- Azar?, pergunta Fernando

- Tu não deves saber o que é azar. Azar é escorregar numa casca de banana ou cair-me um tijolo em cima por passar no sítio errado à hora errada. Isto foi uma completa burrice. Eu não podia ir para minha casa com a minha amante e esperar que nada acontecesse... Calhou aparecer a irmã... Se não fosse isso aconteceria outra coisa qualquer, como ser visto por uma vizinha, por exemplo...

- Realmente tem razão..., disse Joaquim, acenando com a cabeça.

- Pois... e agora tenho de aguentar com as suas chantagens e pressões. A minha vida está arruinada e eu não sei o que fazer.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Bono Vox aplaude


Muito bem... Aqui está uma história bem interessante... A não perder...

terça-feira, 10 de abril de 2007

Uma amante e 2 filhos

- E porque não tenta matá-la como fará com a Teresa?

- Já pensei nisso, mas... Sabe como são os problemas de consciência. Como lhe disse, a avó da Teresa é uma velhota bastante simpática e, por incrível que pareça, afeiçoei-me a ela e acho que não conseguiria matá-la. Além disso, apesar da idade, ela está em excelente forma e, dada a enorme fortuna que possuí, poderá levantar algumas suspeitas, principalmente para a minha cunhada Margarida, que é uma víbora. Mas já lá chegamos a essa parte da história.

- Pois é... disse Joaquim. Parece que o seu plano, aparentemente perfeito, já vai com 15 anos de execução e nunca mais acaba...

- Nem me diga, responde Fernando. Eu a pensar que ficaria no céu e, afinal, tenho de carregar esta cruz, sabe-se lá até quando. E a história ainda não acabou...

- Ai não? Pergunta Joaquim...

- Não. Como disse e bem, já vou com 15 anos de purgatório e parece que vai continuar por muitos mais anos. Como é lógico, e como homem entende-me, eu não podia ficar apenas com aquela bruxa da Teresa. Sendo ela tão feia e gorda, acabei por arranjar uma amante, uma colega de infância de quem sempre gostei. Foi o meu primeiro amor, de quem eu já tenho dois filhos.

- Desculpe que lhe diga - interrompe Joaquim - mas esta sua história está a ficar pior que uma novela venezuelana. Onde é que isto vai parar? Desconfio que ela não sabe dos seus dois filhos..., diz Joaquim.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Teresa, a esposa de Fernando


Muita curiosodade tem havido sobre o aspecto de Teresa, a querida esposa do Fernando. Não esperemos mais... Aqui está ela, ao vivo e a cores...

domingo, 8 de abril de 2007

15 anos de sofrimento

- Bem... Mesmo com a herança, não sei se aguentaria um fardo de tal tamanho. Não se esqueça que quando a dona Clotilde morrer fica com a herança, mas também tem de ficar com a fava, a filha. Eu abdicava da fortuna - interrompe Joaquim com um ar preocupado.

- Agora é que se engana - responde Fernando - O meu plano era perfeito, senão veja... A velhota tinha 93 anos. Como deve imaginar, não deveria durar muito tempo. Depois de morta a velha, metade da fortuna seria para a Teresa, a minha esposa, e a outra metade para a irmã, a Margarida.

- Mas mesmo assim, teria de aguentar com a bruxa, quer dizer, com a Teresa. Não deveria ser nada fácil - disse Joaquim tentando encontrar falhas na teoria de Fernando.

- Mais uma vez não está a acompanhar a minha mente brilhante - interrompe Fernando - Não está a perceber nada do meu plano.

- Então diga lá - diz Joaquim descrente.

- Como lhe disse à pouco, a Teresa tem uma mania com produtos de beleza e medicamentos para emagrecer. Depois da velha morrer eu arranjaria algum veneno que mataria a Teresa e ficaria com a parte dela na herança.

- Então e acha que ninguém iria desconfiar ? - pergunta Joaquim surpreendido com os acontecimentos.

- É claro que não. Toda a gente sabe como é a Teresa. São várias as pessoas amigas que já lhe disseram que um dia ela se mata com tantos medicamentos que toma. Era o plano perfeito.

- Era? Perguntei curioso.

- Pois é – respondeu... Como lhe disse, a velhota, que até é bastante simpática, tinha 93 anos quando vi o testamento. Acontece que actualmente tem 108 anos e parece que tem cada vez mais saúde. Já estou a ficar desesperado...

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Plano diabólico

- É verdade... Casei, mas não foi com a velha, foi com uma das duas filhas, a Teresa...

- Não entendo - disse Joaquim inquieto...

- Eu passo a explicar... Como deve imaginar, é um pouco complicado casar com uma senhora de tão elevada idade sem que levante suspeitas. Mas voltando atrás... Não foram tanto os meus colegas que me chatearam e convenceram a casar. O que se passou é que ao examinar a certidão do testamento verifiquei que a velhota, a senhora Clotilde, era mãe de uma grande amiga de infância, que por sinal também era solteira.

- Estou a ver, meu manganão - disse Joaquim divertido.

- Pois é... Sabendo que a mãe da minha colega tinha tanto dinheiro, não tinha nada a perder em tentar a minha sorte.

- Não está mal pensado - responde Joaquim, ao que o Fernando se antecipou.

- Mas não pense que a minha história acaba aqui. O meu plano apresenta contornos muito mais escuros do que possa imaginar.

- Bem... Então conte lá - Diz Joaquim muito curioso.

- Eu ainda não lhe disse, mas a Teresa, a filha solteira da Dona Clotilde, era uma rapariga de 32 anos que nunca tinha tido um namorado. É talvez a rapariga mais feia que conheço, baixa, gorda, cheia de acne, dentes tortos e uma verruga mesmo no meio do nariz. Um verdadeiro bicho.

- Não diga isso, meu amigo - disse Joaquim para o animar...

- Você diz isso, porque não a conhece, mas um dia que a apresente verá que tenho razão e de que quando Deus estava a distribuir as qualidades dos humanos deveria estar muito mal disposto quando chegou a vez da bruxa da Teresa. Mais... Além de feia, quer dizer, monstruosa, tinha a ideia completamente fixa em produtos de beleza, medicamentos para emagrecimento, cremes para a pele, champôs especiais para o cabelo, enfim, uma verdadeira farmácia ambulante. Julgo que no dia em que morrer terá de ser incinerada como um qualquer produto tóxico.

Fernando Santos


A pedido de muitas familias, aqui apresentamos mais uma personagem do nosso Romance Cor de Rosa, o desconsolado Fernando Santos...

quinta-feira, 5 de abril de 2007

A herança

- Tudo começou num belo dia de Setembro em que, no notário onde trabalho, o Jorge, um colega meu, a pessoa mais cuscuvilheira e intrometida que eu conheço, me mostrou a cópia de um testamento que tinha entrado recentemente nos serviços daquele notário.

- Um testamento? - Perguntei - Isto está a aquecer.

- Sim, um testamento. Tratava-se de uma herança de quantias muito elevadas que uma senhora viúva iria deixar às suas duas filhas. O mais interessante do testamento, e foi essa a causa do interesse do Jorge, era, além do elevado montante que estava envolvido, o facto de dizer respeito a uma velhota de 93 anos.

- Mas isso parece-me uma coisa perfeitamente normal. Uma senhora de idade fazer um testamento, responde Joaquim...

- Pois, mas foi o assunto do dia lá no notário. Quase todo o pessoal brincava dizendo que casaria com a velha se fossem solteiros. O problema é que eu era o único solteiro naquele grupo e não pararam de me chatear a dizer que deveria casar com a velha.

- Eu compreendo - disse Joaquim - por vezes os nossos colegas não têm o sentido do razoável e chateiam-nos por tudo e por nada.

- O problema é que tanto me chatearam que a história começou a entrar no meu pensamento.

Todo excitado, Joaquim pergunta,

- Não me diga que acabou por casar com a senhora. Agora eu me lembro que quando falámos há pouco se referiu a qualquer coisa relacionada com casamento...

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Guarda Joaninha


Caros amigos,

Apresento-vos a Guarda Joaninha. Quem diria que uma cara tão doce poderia ser tão cruel...

terça-feira, 3 de abril de 2007

Bruxa, feia e gorda

Devo dizer que sou muito envergonhado, mas a minha curiosidade estava a dar cabo de mim. Não percebia como é que uma pessoa com tão bom aspecto e roupas que me pareciam de qualidade, poderia ser tão infeliz. Não resisti em perguntar,

- Então diga-me lá, Fernando. O que é que tanto o atormenta que o deixa nesse estado tão... digamos... aéreo?

Sempre pensei que ele não iria responder. Afinal conheciamo-nos há cinco minutos, mas supreendentemente ele falou.

- Olhe Joaquim, tu não sabes o que tem sido a minha vida desde que decidi casar com aquela bruxa, feia e gorda.

- Não diga isso, Fernando... - Tentei animá-lo, mas não consegui tal era o desespero deste meu novo amigo...

- Diz-me isso porque não a conhece... Se a conhecesse, tenho a certeza que concordaria comigo...

- Mas o que é que a sua esposa lhe fez? - Perguntei batendo todos os recordes de impertinência.

- É uma longa história - Responde Fernando - Mas acho que necessito de desabafar. Tem tempo e paciência para me aturar durante várias horas?

- Bem... - Pensa Joaquim - Atrasado já estou. Por isso, pode começar.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Encontro fortuito

Com tantos problemas nem sequer tive tempo de pensar na minha incógnita amada com um nome iniciado por M. Seria Mariana, Marta, Maria Manuela? Não... Maria Manuela é que não. Cruzes canhoto.

Ia nos meus pensamentos quando ao passar em frente ao café do Zé das bifanas, choquei com um senhor que estava tão ou mais distraído que eu.

De imediato lhe pedi imensas desculpas pela minha distracção, mas enquanto me desculpava verifiquei que o senhor estava completamente destroçado, lamentando-se,

- Peço imensa desculpa. Sabe como é... Uma pessoa tem tantos problemas em que pensar que depois se esquece que temos de prestar atenção às outras pessoas que andam na rua - lamentava-se.

O senhor estava tão transtornado que até dava pena só de olhar para ele. Não o podia abandonar naquele estado. Convidei-o para ir tomar um café ao Zé das bifanas.

Sentámo-nos numa mesa da esplanada e iniciámos a nossa conversa, com o meu colega a iniciar as hostilidades,

- As minhas sinceras desculpas pelo sucedido. Estas minhas distracções ainda vão acabar mal. Veja bem que um dia ia tão distraído que bati com a cabeça num poste da electricidade que até desmaiei. Sabe como é... São os problemas desta vida que não nos deixam andar descansados... Mas, meu amigo, o que evitou males maiores foi o intenso cheiro a champô que me chegou ao nariz e me fez levantar a cabeça para ver o que passava... Infelizmente não foi a tempo de evitar este pequeno acidente.

- Sabe, meu amigo - interrompeu Joaquim - Eu também não posso dizer que esteja a ter uma vida totalmente descansada e feliz. Também tenho os meus problemas e ultimamente não têm sido tão poucos quanto isso...

Por mais que Joaquim evitasse, os cheiros continuavam a ser o tema principal da conversa,

- Desculpe que lhe diga, mas a ver pelo aspecto e cheiro do seu cabelo vejo que a vida não lhe está a ser fácil. Aliás, quando embati consigo pensei que tinha chocado com um vagabundo e que a carteira já me tinha sido gamada.

- Bem... Acho melhor mudarmos de assunto - diz Joaquim envergonhado - Estamos aqui a falar e ainda não nos apresentámos. Eu chamo-me Joaquim, e o senhor, como se chama?

- Fernando... Fernando Santos - apresentou-se esticando a mão - muito prazer em conhecê-lo...

domingo, 1 de abril de 2007

Banho gelado

Chegado a casa deparo-me com milhares de folhetos de publicidade na caixa do correio, misturados de uma resma de contas para pagar... Nem quis saber... Queria era ir dormir...

Acho que as últimas peças de roupa já as despi a dormir. Caí na cama que nem um patinho. E dormi, dormi, dormi, até que tocou aquele maldito despertador... Pippp... Pippp... Pippp.

Eu lembro-me de ter ouvido qualquer coisa, mas não liguei, até que olhei para o lado e verifiquei que já eram quase 10 horas e o meu horário de entrada é às 9 horas.

- Raios... já vou ter de correr outra vez! - gritei de desespero - Vejo que o dia me está a correr bem.

Salto da cama, corro para a casa de banho para tomar um duche rápido quando o mundo caiu a meus pés. Não havia gás. Como tinha estado hospitalizado durante quinze dias, como é óbvio, não paguei a conta e zás... Cortaram-me a porcaria do gás.

Bem... Parece que vou ter de tomar um belo banhinho gelado... Breeee... Breeee... Dizem que faz bem aos ossos... Eu não acredito...

Abri a torneira e cairam do choveiro autênticos cubos de gelo. Estava a ser um inverno rigoroso e Janeiro é sempre Janeiro.

Pus um capacete para não partir a cabeça e abri a maldita torneira. O que custa mais são os primeiros trinta segundos. A partir daí, o corpo fica anestesiado e já nem sentimos nada.

O problema agora eram os vizinhos a reclamar pelo barulho dos meus dentes a baterem como castanholas.

Ensaboei-me energicamente para ver se o corpo aquecia e, quando liguei a torneira para tirar a espuma do sabonete e do shampô, nada saía. Inicialmente pensei que o choveiro tinha congelado, mas não...

- Porra. Não me digam que além do gás, também me cortaram a água. O que vou fazer agora? - Gritei desesperado - Bem... Tenho de me limpar com uma toalha e seja o que Deus quizer.

Fiquei horrivel com um cheiro estranho no corpo e com o cabelo todo empastado por causa do excesso de champô. Só espero que hoje não chova, porque se isso acontecer fico a parecer um maluco depois de sair de uma festa de espuma.

Preparei o pequeno almoço sempre na expectativa de ver quando iria faltar a electricidade, também devido a falta de pagamento. Nada aconteceu. Até estranhei.

Acabei de me vestir, peguei no meu guarda chuva e na minha pasta e pûs-me a caminho do trabalho.