Já acordado, o agente Cardoso teve pena de mim, retirou a queixa da velha, que continuava a insultar-me, e mandou-me ir ao hospital curar o olho negro e o nariz partido fruto da simpatia e delicadeza da agente Joaninha.
Muito triste, agradeci ao Chefe Cardoso, despedi-me e disse à velha, quer dizer, à senhora de idade chamada dona Maria Manuela,
- Dona Maria Manuela, peço desculpa pelo incomodo causado e tome o lenço que perdeu no autocarro.
A velha tonta perdeu totalmente as estribeiras. Só faltou bater-me.
- Mas esse lenço não é meu. Acha que tenho idade para andar com lenços de seda bordados e cheios de perfume? Acha que eu sou alguma galdéria? Está a ver senhor guarda, já está a ofender-me outra vez...
A guarda Joaninha ficou de tal modo revoltada que me deu um soco tão grande que fiquei uma semana internado no hospital. Estava tão feliz por o lenço não ser da cascavel que as quatro costelas partidas nada me doíam. Só pensava numa forma de poder encontrar aquela deusa e, tal como nas histórias de príncipes e fadas, casar, ter muitos filhos e viver feliz para sempre...
segunda-feira, 26 de março de 2007
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Um comentário:
Esta Joaninha castradora de homens não será inspirada na célebre Joaninha do Duarte & Companhia? Tu vê lá, estas coisas têm direitos de autor
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